Resenha: Pai Rico, Pai Pobre


Título: Pai Rico, Pai Pobre
Autora: Robert T. Kiyosaki
Páginas: 192
Editora: Elsevier
Ano: 2000
Classificação: 5/5

Sinopse: Um dos livros mais falados da última década, abriu os olhos do mundo para a necessidade de pensar o planejamento de finanças pessoais. Pai Rico, Pai Pobre foi o primeiro best-seller de Robert T. Kyiosaki e Sharon Lechter, e deu origem a uma série de enorme sucesso. Seu conceito é muito simples: com maior inteligência financeira muitos problemas comuns da vida cotidiana podem ser resolvidos. Saiba o que os ricos tratam como ativos geradores de renda, e como se livrar de pagar impostos demais. A cada dia, a cada nota você escolhe ser rico, pobre ou classe média. A melhor maneira de preparar seus filhos para o mundo é dividir esse conhecimento com eles. Se você não fizer isso, ninguém mais fará. Determine o destino do dinheiro que chega às suas mãos com a leitura desse livro.

Pai Rico, Pai Pobre tem um significado todo especial pra mim, pois foi o primeiro livro destinado ao público adulto que tentei ler. Lembro como ontem de uma noite em que eu, com então sete anos, peguei a obra preferida do meu pai para ler e assim deixa-lo feliz e orgulhoso de mim. Bom, como esperado, por não ter maturidade para tal, não cheguei a concluir a leitura. Por outro lado, hoje, quatorze anos depois, tomei em mãos novamente Pai Rico Pai Pobre e desta vez não foi para impressionar alguém, mas sim por não querer me transformar em escrava da profissão que escolhi a fim de poder sustentar o estilo de vida que sonho viver.

Com título e subtítulo fiéis ao conteúdo que traz Pai Rico Pai Pobre apresenta mensagens incríveis por meio de uma linguagem simples.  A obra escrita em primeira pessoa começa com Robert T. Kiyosaki falando um pouco sobre o “pai rico” e o “pai pobre”. Sendo assim, o leitor é apresentado ao mundo do autor na época de sua infância, ao seu desejo infantil de se tornar um homem rico e como se deu o seu processo de amadurecimento financeiro. Mas, mais do que isso, o leitor torna-se plateia da apresentação de dois comportamentos antagônicos: o do pobre e o do rico. A distinção entre as mentalidades do “pai rico” e do “pai pobre” foram decisivas para a construção do destino de cada um, e o uso destas mentalidades no livro de Kiyosaki tem muito a nos ensinar. A vivencia de cada pai é tão real que nos possibilita identificar pessoas conhecidas e até nós mesmos neles.
“Ter dois pais fortes me proporcionou o luxo de observar o impacto de diferentes formas de pensar sobre a própria vida. Observei que as pessoas moldam suas vidas por seus pensamentos. (...) Raramente os problemas de dinheiro das pessoas são resolvidos com mais dinheiro. A inteligência resolve os problemas.”
Importantes princípios da inteligência financeira são expostos e questões complexas como a da tributação são simplificadas. Em contrapartida uma crítica muito forte é feita ao sistema de ensino, uma vez que este é apontado pelo autor como o principal contribuinte à formação dos escravos do dinheiro. Em virtude disso, somos apresentados à causa de tanta pobreza e de tão pouca riqueza na humanidade. É muito interessante ver, não apenas o assunto da geração de riqueza ser levantado, mas também o do princípio gerador da pobreza. Ademais, apreciei o fato da inteligência e da racionalidade ser tão exaltado e estimulado pelo autor.
“Se as escolas ensinassem às pessoas sobre o dinheiro, haveria mais dinheiro e preços mais baixos, mas as escolas estão preocupadas em ensinar as pessoas a trabalhar pelo dinheiro e não a controlar o poder do dinheiro.”
Ao finalizar a leitura me dei conta de que tanto o “pai rico” como o autor foram sagazes em transmitir os princípios da inteligência financeira, pois o primeiro o fez com sabedoria ao seu filho emprestado e o segundo o fez de maneira prática ao leitor. Confesso que a minha experiência com o livro foi transformadora, expandiu a minha visão de dinheiro, investimento e da vida de uma maneira geral. Portanto, creio que não seja necessário nenhum conhecimento prévio para leitura dessa obra, visto que o assunto é tratado com muita simplicidade, afinal, vale ressaltar, que em geral o autor nos repassa as lições que aprendeu quando era criança. Dessa forma, através de exemplificações, conversa direta e alguns diagramas, Kiyosac desmistifica a geração da riqueza provando que alguns tipos de sabedoria podem ser conquistados por meio da leitura de bons livros.

Em linhas gerais Pai Rico Pai Pobre não é sobre uma história de vida (a parte narrativa seria apenas uns 10%) muito menos sobre motivação, eu diria – e essa é apenas a minha opinião – que o livro em si é informacional, e as informações que ele traz são verdadeira pérolas. Além disso, percebi que sua mensagem central vai muito além da conquista do dinheiro, pois se estende até a importância de sermos fiéis a nós mesmos, de não acompanharmos a massa por mera insegurança, de darmos mais ouvido aos nossos sonhos do que aos pessimistas. Sendo assim, admito acreditar no fato de que a leitura de Pai Rico Pai Pobre fará do leitor, seja ele quem for, uma pessoa com perspectivas diferentes daquela que precedeu a leitura, visto que, como mesmo disse Einstein uma vez: A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original.



        


5 comentários:

  1. Olá Bia, recebi seu email e voltei aqui para dar uma olhada e como vivo este universo da educação financeira não pude ir sem antes ler a sua resenha sobre Pai Rico, Pai Pobre. Um clássico das finanças pessoais e um livro muito importante para mim. Eu escrevo no meu blog sobre inteligência financeira https://inteligenciafinanceira.net e já fiz alguns textos sobre os conceitos deste livro.
    Parabés pelo blog e pelo excelente texto sobre o livro.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá! Que bom que nos visitou!
      Agradeço pelos elogios e aproveito para dizer que seu blog também está de parabéns. Sucesso pra nós!
      Abraços.

      Excluir
  2. Olá!! Sabe que tenho esse livro aqui em casa e nunca dei bola pra ele? Sua resenha despertou minha vontade de ler... Parece enriquecedor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Dafne, fico feliz que minha resenha tenha despertado em você a vontade de ler esse livro, pois a leitura é de fato muito enriquecedora. Vale a pena!
      Abraços.

      Excluir
  3. Todo mundo fala bem dele. Acho que vale a pena dar uma chance a ele. :)

    ResponderExcluir

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial