
Gritar é uma coisa que a gente
faz corriqueiramente. Seja para avisar alguém
que está longe ou para,
infelizmente, ofender quem está
perto. Seja enquanto cantamos uma música
que amamos ou quando vamos a casa de alguém
que não tem campainha. Gritar é a liberação de uma energia física que se torna onda
sonora, podendo essas ondas estarem repletas de emoções.
Tem gente que fala
gritando. Outro, gritam de terror ou de alegria. Tem gente que não grita. Nunca gritou na
vida! Duvida? Olhe com atenção
ao seu redor, tente perceber o que alguns gritos escondem, o que não dizem. Gritos que
escondem dor, outros que escondem frustração…
Gritos que ganham uma forma torta. Estes, crescendo dentro da gente, tiram forças das ilhas de coisas
que não falamos, não resolvemos, não queremos lidar. E vem,
potentes, furacões
que tudo arrastam no caminho.
Gritar pode ser bom,
pode trazer para fora tudo. Mas desse último
que falei, grito represado, a gente deveria fugir. Deveríamos cultivar uma fala
boa com pitadas de gritos de alegria. Gritos que indicam que a presença saudosa chegou, gritos
que saem de um choro contido no abraço
consolador de alguém.
Se você anda com vontade de
gritar, observe se não
está escondendo de si algo
que poderia ser resolvido antes de ganhar toda essa força.
E então saia correndo e se
preciso for, grite com força.
Grite com o mundo, ouça o eco da potência
da sua voz… Mas uma vez só.
Gritaria dessas, que traz tudo para fora, não
deveria se tornar um hábito.
Não deveríamos tratar nós mesmos com tanto
descaso, guardando tantos sentimentos ruins. Limpa a caixa de emoções, é hora de transformar o
grito em alegria, sem necessidade de escapar pela gritaria. Que seja grito que
a gente escuta de longe e diz… Naquele lugar tem gente feliz.
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